Se tem uma coisa que aprendi sobre finais de semana, é que eles têm um ritmo próprio. Quase como um coração que bate mais devagar, porém mais intenso. Na minha casa, esse ritmo é conduzido pelo cheiro do café recém coado, que dança pelo ar como um convite sutil, mas irresistível, para um café da manhã em família. É nesses momentos que nossas conversas se misturam com o som das xícaras, e as ideias do dia a dia se transformam em histórias que lembram o aconchego do interior. Porque, no final, o verdadeiro luxo da vida é ter tempo para saborear esses pequenos instantes.
Eu não nasci no interior, mas ele corre nas minhas veias como uma memória que nunca se apaga. Minha infância foi recheada de momentos que tinham o cheiro de terra molhada e o sabor de simplicidade. Lembro-me das idas à fazenda do meu tio, onde cair na lama após andar a cavalo era quase um ritual, um batismo de liberdade que só a infância proporciona. E das festas de agosto no pequeno município de Minas, onde a reunião de familiares de todos os cantos era um espetáculo maior que qualquer atração do palco.
Mas talvez o que mais ficou gravado foi ir à casa da minha prima para comer o pão de queijo e os biscoitos que, até hoje, não têm igual. Eles eram deliciosos, claro, mas o que realmente fazia a diferença era o ingrediente secreto: pertencimento. Porque, no final, o que nos alimenta de verdade não é só o que comemos, mas o que sentimos quando estamos juntos
É com esse sentimento de saudade das minhas raízes que me pego conectada ao novo programa do Daniel, que irá ao ar todos os domingos pela manhã na Globo.. Ele não é apenas um programa, é um portal que me transporta de volta às minhas origens. Cada canção e cada história me lembram dos dias em que minha família só precisava de uma viola e de estarmos juntos para encontrar a felicidade. A simplicidade daqueles momentos, onde o riso era fácil e o tempo parecia desacelerar, revive em cada acorde. É uma viagem que não precisa de malas, apenas de um coração disposto a sentir.
E enquanto me perdia nessas reflexões sobre como conteúdos podem nos reconectar com memórias afetivas e, de certa forma, com a essência de quem somos, esbarro em Gabriela Versiani. Modelo, atriz, influenciadora, empreendedora e, claro, mineira. Ela carrega um magnetismo que vai além do óbvio, uma capacidade quase natural de traduzir, em cada projeto, a autenticidade e a força de suas raízes. Gabriela parece ser um daqueles exemplos vivos de como o passado e o presente podem coexistir em harmonia uma ponte entre o tradicional e o moderno, o simples e o sofisticado.
Eu me vejo na Gabriela. Vejo-me nos momentos em que ela está com sua família, cercada por aquele afeto que transforma qualquer lugar em lar. Vejo-me no seu lado empreendedor, construindo sonhos com coragem e determinação. E vejo-me, sobretudo, no seu jeito simples e no brilho nos olhos de uma mineira sonhadora, que carrega suas raízes com orgulho enquanto traça novos caminhos. É como se, em cada gesto dela, houvesse um reflexo de quem eu sou ou de quem, no fundo, desejo ser.
Quando a vejo em sua essência, na sua skin Gabriela, não vejo ninguém além do meu eu. Aquela que abraça com orgulho seu lado mineiro, aquele lado simples que encontra alegria nas coisas mais genuínas, como andar descalça e sentir a terra nos pés. Aquela que se emociona ao ouvir um modão de antes de seu tempo, como se aquelas histórias e melodias fizessem parte de sua alma. E o lado sertanejo que a conecta às suas raízes e o lado criança que a lembra de que a felicidade mora na simplicidade.
E aí, volto sempre àquele questionamento sobre o que significa, de fato, influenciar. Em um mundo onde tudo parece ser sobre vender uma ideia ou um ideal, talvez o verdadeiro poder esteja em se conectar com pessoas que nos lembram o melhor de nós mesmos. Porque influenciar não é apenas sobre o que mostramos, mas sobre o que despertamos. E quando alguém nos inspira a redescobrir nossas raízes, nossos sonhos e a simplicidade de quem somos, isso é muito mais que influência é um lembrete de que a autenticidade sempre será o nosso maior patrimônio.
É exatamente isso que vejo na Gabriela. Ela não precisa de grandes discursos ou esforços exagerados para influenciar. Sua força está na naturalidade com que vive. Em cada momento compartilhado com sua família, ela me lembra que o sucesso só tem valor real quando está alinhado com quem somos de verdade. Quando a vejo celebrando suas raízes mineiras, percebo que podemos conquistar o mundo sem nunca esquecer de onde viemos.
Gabriela me inspira a abraçar meu lado sonhador, meu lado simples, meu lado descalço. Ela me lembra que ser autêntica é, na verdade, a forma mais elegante de existir. E é isso que me faz admirá-la tanto: ela não apenas influencia, mas também nos reconecta com aquilo que realmente importa.
E, no final, é isso que a influência de Gabriela representa para mim: um lembrete de que a verdadeira beleza está em ser quem somos, sem artifícios, sem medo, com todas as nossas raízes expostas. Ela me mostra que é possível sonhar alto e, ao mesmo tempo, manter os pés firmes no chão – descalços, se assim quisermos. Gabriela é como um espelho das melhores partes de mim, aquelas que às vezes esqueço em meio à correria da vida. E talvez essa seja a maior lição: não importa o quão longe vamos, as nossas raízes sempre nos guiarão de volta para casa.