E em uma tranquila noite de domingo, entre um gole de água e a música, fui invadida por pensamentos e inspirações. Um comentário que recebi há algum tempo voltou à minha mente, com a força de uma cena marcante de filme. Dizia algo assim: “Seus textos me fazem sentir como se estivesse em um filme olhando tudo através de um POV (Ponto de vista ou perspectiva) da protagonista cheio de encanto.
Naquele momento, fiquei pensando… O que torna a vida digna de uma tela? Seria a trilha sonora certa no fone de ouvido, o movimento involuntário das cortinas ao vento, ou a forma como a luz da lua entra pela janela como um holofote em nossas emoções mais secretas? Talvez o segredo esteja em perceber que todos somos protagonistas, mesmo que às vezes nossa narrativa pareça um tanto sem roteiro.
Minha vida, por exemplo, é prova viva de que a realidade pode ser tão cinematográfica quanto qualquer roteiro. Quem convive comigo intimamente sabe: é um filme cheio de magias, de momentos que desafiam explicações lógicas, como se o universo estivesse sempre conspirando a favor de uma cena perfeita.
Há encontros inesquecíveis que surgem como capítulos inesperados, reviravoltas que deixam qualquer espectador sem fôlego e uma trilha sonora que parece orquestrada por algo maior. É como se cada passo fosse guiado por uma mão invisível que entende o poder do encantamento e do improvável. A diferença é que aqui, a magia não vem de efeitos especiais, mas de uma vida vivida com intensidade, coração e um toque de fé no extraordinário.
Como uma promessa de me revelar aos poucos, decidi abrir uma pequena fresta da minha vida. Porque, sejamos sinceros, quem não ama uma boa história? E se tem algo que eu aprendi, é que a vida tem o dom de nos surpreender com capítulos que merecem ser contados.
Por isso, convido vocês a mergulharem comigo na Coluna da Isa, onde irei compartilhar histórias tão reais quanto mágicas. Mas aviso desde já: os personagens sempre permanecerão nas sombras, seus nomes guardados como segredos bem protegidos. Porque, no fundo, o que importa não é quem está na história, mas como ela nos faz sentir. E aqui, prometo que as emoções serão sempre protagonistas.
Então, se aconchegue. Pegue sua bebida favorita, deixe o mundo lá fora e coloque “Confident” do Justin Bieber para tocar. Feche os olhos, sinta a batida e se permita entrar nesse jogo perigoso.
O personagem de hoje será o “Jogador”. Ah, o Jogador. Sabe aquele tipo de cara que parece ter sido tirado diretamente das páginas de um romance? Bonito, com um sorriso que mistura charme e perigo, engraçadinho o suficiente para te tirar do sério e do tédio. Ele tem sempre uma resposta pronta, uma observação espirituosa que te faz questionar se ele ensaiou aquilo na frente do espelho ou se nasceu mesmo com esse timing perfeito.
Ele é exatamente isso: aquele que domina o jogo sem jamais mostrar esforço. Um equilíbrio quase cruel entre mistério e previsibilidade, como se soubesse exatamente o momento certo para te intrigar. É irresistível.
E ainda assim, você sabe. Sabe que essa partida é perigosa, que as regras não são claras e que, muito provavelmente, ele joga para vencer. Mas, de alguma forma, a tentação de arriscar supera o medo de perder. Afinal, quem consegue resistir ao fascínio de um jogador que faz do próprio carisma a sua melhor estratégia?
Será que, finalmente, encontrei um adversário à altura? Porque, modestamente, eu sei jogar esse jogo.
O que ele talvez não perceba ou talvez perceba e esteja contando com isso é que eu também tenho minhas cartas. Não sou uma espectadora passiva. Conheço as regras e, quando necessário, sei subvertê-las com elegância. Cada movimento dele desperta um movimento meu, cada provocação é respondida com um sorriso enigmático que deixa claro: aqui, ninguém tem o controle total.
Afinal, esse não é o jogo dele, nem o meu. E por mais perigoso que pareça, existe algo incrivelmente excitante em caminhar nessa linha tênue entre o desejo e o desafio. Resta saber quem vai ceder primeiro.
Uma coisa eu sei: como adversária, sou boa. Mas como parceira… sou bem melhor. E se ele for esperto o suficiente, vai perceber que dividir o tabuleiro comigo é muito mais interessante do que tentar me derrotar. Afinal, algumas partidas não foram feitas para terminar com um vencedor, mas para serem jogadas a dois.
Agora, o Jogador, se tiver o mínimo de inteligência, vai perceber que o verdadeiro jogo é o que se joga em parceria. E que, em um campo onde as regras se misturam com o desejo, a vitória mais doce não é a que se conquista sozinho, mas aquela onde os dois saem vencendo.
Porque, no final, há algo mais excitante do que qualquer conquista individual: a eletricidade que surge quando se compartilha o poder, quando o jogo se torna um território onde ambos dominam, e a vitória não é mais apenas um fim, mas o prazer de jogar juntos. E, se ele for esperto o suficiente para perceber isso, talvez o maior prêmio seja algo que ele nunca imaginou: nós dois.