Coluna da Isa
A aposta: A primeira confissão
Isabela Ferreira
21.02.2025

13:00, e lá estou eu, atrasada, como sempre. Coloquei meu fone e, para dar aquele empurrãozinho de confiança, coloquei a música que sempre ouço quando sei que vou dominar o mundo. É quase um ritual. A energia vai subindo, o tempo se acelera, e tudo fica em câmera lenta.

Pego meu celular, deslizo pela tela e, por um momento, fico ali, congelada, encarando aquela foto. A tentação de apertar “bloquear esse contato” é quase irresistível. Mas aí vem a dúvida: será que eu sou capaz de desligar essa parte por uns dias? O jogo, o mistério, o que é fácil é o que nos mantém presos. E, mesmo assim, sigo. Porque, no fim das contas, quem bloqueia o que sente?

Finalmente chegou a tão aguardada sexta-feira. O dia que carrega em si um certo brilho próprio, uma promessa de leveza depois de uma longa semana. Não que essa sexta vá ser exatamente tranquila para mim. Afinal, estou em pleno pré-Carnaval e pré-Baile da Vogue, eventos que não esperam por ninguém e que, claro, estaremos cobrindo de perto.

Mas ainda assim, é sexta-feira. O dia que pode significar tantas coisas: o jantar favorito, a conversa sem pressa com as amigas, aquele date que você esperou a semana toda. E agora, será que ele também se tornará o dia oficial dele? Ele, que tem sido tão pedido por vocês…

Carnaval chegando e, como prometido, veio o combinado. Ele curte o carnaval e eu, bem, vou curtir o meu. E aqui está o truque: enquanto ele se perde nas festas, eu saboreio cada momento do meu próprio desfile particular. Mas calma, para quem está gostando de acompanhar, a aposta não acaba por aqui. Na volta, prometo jogar pesado, e quando eu digo pesado, é um ‘jogo’ de uma intensidade que ele não vai esquecer tão cedo. O carnaval pode até ser uma festa, mas a verdadeira diversão começa quando o confete cai e as apostas ficam ainda mais altas. Vamos ver quem realmente sabe como brincar.

E é aí que a coisa fica interessante. O carnaval passa, as luzes diminuem, mas as promessas feitas no calor continuam a se aquecer. Ele vai se jogar nas festas, enquanto eu sou a dona da noite. E quando o tempo virar, meu amor, é a minha vez de fazer a jogada. Porque quem diz que o jogo não vale na avenida, está muito enganado. A verdadeira festa não é no carnaval, é depois dele.

Mas, vou ser sincera, aqui vai minha primeira confissão: já estou começando a sentir falta dele. Ele, que tem estado presente nos meus dias, de uma forma que não posso negar, tem sido uma jogada bem arriscada. E não é qualquer tipo de risco, é o tipo de risco que mistura adrenalina com uma sensação de querer mais. A gente se encontra no limbo entre a expectativa e a realidade, sempre no limite. E não posso negar, é viciante. Como toda boa aposta, tem um sabor amargo e doce ao mesmo tempo. Vamos ver até onde esse jogo vai nos levar…

E a cada dia que passa, essa saudade vai se transformando em algo ainda mais intrigante. Ele é a jogada arriscada que vale a pena, mas, ao mesmo tempo, me mantém na corda bamba entre o querer e o não saber até onde ir. Afinal, o que é o jogo se não a incerteza de cada movimento? Ele, com seu jeito imprevisível, me faz questionar se, na verdade, sou eu quem estou jogando ou sendo jogada.

Mas, no fundo, sei que nada disso é realmente um risco, porque o prazer está justamente na surpresa do que vem a seguir. E, sinceramente, não estou aqui para jogar de forma segura. O carnaval passa, mas os mistérios que ele traz permanecem, e esses são os que, de alguma forma, me atraem cada vez mais.

Sabe aquela música? “Estou casando, mas o grande amor da minha vida é você”? Pois é, é isso. Estou indo para o carnaval, mas, cá entre nós, a saudade é você.

Enquanto estarei me entregando à folia, meu pensamento fica com você. Vai dizer que não é provocante? Vou dançar, me divertir, mas, no fundo, sei que com você meu carnaval seria entre sussurros e suor. Vamos ver até onde essa tensão vai… E quem sabe, quando o confete e a serpentina caírem, a verdadeira festa não comece. Eu e você. Sem máscaras, sem folia. Só o jogo, o calor e aquela intensidade que não se encontra em qualquer festa.

Vamos de outra aposta? Quem manda mensagem primeiro? Quem admite saudade primeiro? Ou quem será o corajoso que vai admitir o que realmente fez no carnaval antes de qualquer um? Porque, entre uma dança e outra, não dá pra negar que a curiosidade é mais forte. E cá entre nós, sabemos muito bem as consequências dessa curiosidade, mas que nunca vamos admitir em voz alta.

E agora, caro leitor (ou leitora), fica aqui comigo, porque o que vem a seguir é só para os audaciosos. Porque, no final das contas, a vida é feita dessas apostas, dessas provocações silenciosas, e de quem tem coragem de jogar o jogo. Então, segure o seu drink, relaxe e veja até onde essa história vai…

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