Existe algo extremamente elegante em uma mulher que conhece os seus limites e mais ainda, que os sustenta com firmeza.
Ela não precisa levantar a voz, fazer escândalos ou exigir atenção. Ela apenas se retira. Silenciosa, serena, mas absolutamente certa do que merece.
Na minha vida, limites não são apenas traçados… são honrados.
São como meu salto favorito: altos, firmes e nada flexíveis. E quando se trata de relações, especialmente amorosas, eu aprendi que uma mulher que se conhece não se prende a meias-presenças ou amores mornos. Se um homem não age de uma forma que me agrada, eu não hesito em deixá-lo exatamente onde ele escolheu ficar: no passado.
Não é sobre frieza. É sobre autocuidado.
A gente cresceu ouvindo que amor é paciência, que relacionamentos exigem esforço. Mas existe uma linha tênue entre se doar e se perder. Entre tentar fazer dar certo e se encolher para caber.
E eu me recuso a me encolher.
Com o tempo, percebi que o amor verdadeiro não exige que a gente abra mão de si mesma. Ele exige que sejamos exatamente quem somos. E quem eu sou… tem limites. E eles não pedem desculpas por existir.
Há algo extremamente poderoso em olhar para alguém ou para uma situação e reconhecer: isso não é suficiente para mim. Não com raiva, não com drama. Mas com a clareza de quem sabe que merecer nunca foi uma dúvida, e sim um ponto de partida.
Limites não afastam o amor. Eles o refinam.
Eles fazem a triagem. Separam o que é real do que é conveniência, o que é profundo do que é distração.
E a verdade é simples:
Eu prefiro caminhar sozinha em paz, do que acompanhada em descompasso.
Porque no meu mundo, estar bem acompanhada começa e sempre começará por mim mesma.