Hoje, recebi inúmeras mensagens de pessoas próximas e nem tão próximas assim emocionadas com o último texto. Entre elas, uma se destacou “Eu torço muito por você, estou com saudades.”

A remetente? Uma das primeiras chefes que tive. Aquela que, sem saber, moldou grande parte de quem sou profissionalmente hoje. Engraçado como, às vezes, o passado nos acena de longe, nos lembrando de onde viemos e de quem nos ajudou a chegar até aqui.

Será que as pessoas têm noção do impacto que podem ter na vida de alguém? Minha primeira experiência, como estagiária, em um gabinete político, não poderia ter sido melhor. Foi ali que desconstruí a ideia ingênua de que na política tudo era simples. Pelo contrário, vi de perto que, nos bastidores, o trabalho era árduo, intenso e exigia muito mais do que eu imaginava.

Meus chefes, de modo geral, me motivavam diariamente a querer ser uma profissional melhor. Mas, entre eles, três personagens se destacaram e foram eles que mudaram para sempre o rumo da minha vida.

Sandra, Wellida e Leo. Três personagens completamente distintos mas que, de alguma forma, se equilibravam como peças de um quebra-cabeça perfeitamente encaixado.

Ouço tantas histórias sobre chefes difíceis, ambientes tóxicos e jornadas exaustivas…Mas, quando olho para a minha própria experiência, só consigo sentir gratidão. Gratidão pelos ensinamentos, pela parceria e, acima de tudo, pela paciência porque, sejamos sinceros, todo estagiário precisa de uma boa dose dela.

Chefes carregam uma missão que vai muito além de delegar tarefas e cobrar prazos. Eles têm o poder de moldar carreiras, despertar potenciais e deixar marcas que acompanham a gente por toda a vida.

E se hoje me esforço para ser a melhor chefe para os meus, lá atrás, na minha época de estagiária, tive a sorte de aprender com os melhores. Aqueles que, sem saber, me ensinaram que liderança não é sobre poder, e sim sobre inspirar.

O ambiente de trabalho não é apenas um cenário onde cumprimos tarefas, ele molda quem nos tornamos profissionalmente. Pode ser o impulso que transforma um talento bruto em um grande líder ou a barreira que faz alguém duvidar do próprio potencial. No fim, não são apenas os cargos que nos definem, mas as experiências e as pessoas com quem cruzamos pelo caminho.

Agradeço por ter cruzado com esses três personagens que foram fundamentais na minha trajetória. Hoje, a Isabela chefe carrega um pouco do Léo ao dar vida aos seus designs, mantém o capricho de Wellida e traz consigo o espírito empreendedor de Sandra. No fim, somos um mosaico das pessoas que nos inspiram e eu tive a sorte de me espelhar nos melhores.

Saindo um pouco da minha antiga sala, me pego refletindo sobre como cada canto daquele lugar, cada rosto, cada gesto, foi um fio na tapeçaria da minha jornada. E enquanto percorro os corredores, a nostalgia me envolve. Agradeço a todos, de forma silenciosa, por cada contribuição silenciosa que moldou quem sou hoje. A copeira que, mesmo nos dias mais corridos, sempre tinha um sorriso pronto para me dar bom dia. Gilberto, o grande amigo do meu pai, que, com um simples gesto de recomendação, me abriu portas para aquela experiência. Milton, com seu carinho inabalável, que não perdia uma manhã sem me dar um beijo no rosto, um sinal de que o afeto também mora no trabalho. E, claro, o chefe, o Deputado Sargento Rodrigues, cuja lição de que o respeito é conquistado e o maior legado é aquilo que deixamos para a sociedade, nunca sairá de mim. Aos outros, que com gestos pequenos, mas grandes em significado, sempre me trataram com uma gentileza imensa. Eles são a essência do que aprendi ali.

Agradeço pela parceria de um ano que tanto me moldou. Se hoje sou quem sou, é porque carrego em mim um pouco de cada lição que vocês me deram. O apoio incansável, os desafios compartilhados, as risadas que nos fizeram crescer juntos. Vocês foram mais do que colegas, foram verdadeiros mestres, e eu sou eternamente grata por ter cruzado o caminho de vocês. Cada um deixou uma marca em mim.