Se terça-feira fosse uma pessoa, ela seria aquela amiga que chega cedo, já perguntando: ‘Quais são os planos da semana?’. Planejamento, tendências, pautas… Era hora de entrar no modo estrategista.
Entre uma pesquisa e outra, me deparei com Ransom Canyon, a nova série da Netflix. E, como num passe de mágica ou melhor, de algoritmo, meu mundo urbano foi invadido por botas de couro, sunsets dourados e uma boa dose de romance country.

E então, entre laços e chapéus, me lembrei de alguém que respira e vive essa estética, mas com a nossa graça brasileira. Tete Feder.

Enquanto a maioria de nós se contenta em salvar fotos de chalés rústicos no Pinterest, ela embarca em aventuras reais, viajando pelo mundo atrás das cabanas mais encantadoras que existem.
Entre uma lareira acesa aqui no Brasil e um pôr do sol dourado no Texa, Tete transforma o que para muitos é sonho distante em parte do seu cotidiano. Talvez seja essa a verdadeira definição de elegância: viver seus próprios sonhos em vez de apenas sonhá-los.

Ela não coleciona apenas experiências, mas sensações. O cheiro da madeira antiga de uma cabana, o gosto de um café feito na hora, com vista para o nada ou melhor, para tudo que importa.

Tete vive no tempo dela, onde a pressa não entra, e a beleza se revela nos detalhes: no barulho do vento, na textura de um cobertor de lã, na dança lenta da luz entrando pela janela.

Em um mundo que grita por velocidade, ela escolhe o silêncio das montanhas e o compasso do próprio coração.

E talvez seja por isso que, mesmo à distância, sentimos como se estivéssemos viajando com ela. Porque, de alguma forma, Tete nos lembra que a vida pode e deve ser mais bonita, mais calma, mais cheia de propósito.

E então eu me perguntei: será que a vida que queremos viver está mesmo no futuro… ou escondida em uma cabana, esperando por nós?